O custo Luxemburgo

Contratar o técnico Wanderley Luxemburgo em sua atual fase é um mau negócio para qualquer clube brasileiro. A razão é simples. Seu salário é de R$ 500 mil ao mês. Além disso, o treinador exige contratações de grandes jogadores, briga com ídolos dos clubes por onde passou e leva jogadores contratados por “laranjas”, veja esta reportagem do Estadão. http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,palmeiras-thiago-cunha-e-fruto-de-contrato-com-laranja,244683,0.htm
Em contrapartida, o que Wanderley conquistou nos últimos cinco anos? Apenas três Campeonatos Paulistas, dois pelo Santos e um pelo Palmeiras.
Nos campeonatos brasileiros, o ex-estrategista virou freguês do técnico Muricy Ramalho, e nunca conquistou a Taça Libertadores. Por falar no Torneio Sul-Americano, Luxa deu a seguinte declaração após a eliminação diante do Grêmio, em 2007 “As pessoas me criticam por eu nunca ter conquistado uma Libertadores. Mas isso não me machuca. Dizem que para se vencer Libertadores tem de dar pontapé, praticar anti-jogo. Eu prefiro buscar esse título jogando futebol envolvente e bonito, como todas as minhas equipes têm demonstrado”.
Dois anos depois, o sensível treinador reclama publicamente do atacante Lenny, dizendo que o atleta deveria deixar de ser criado pelo avô e ser mais moleque de rua. Um treinador que deseja o bom desempenho de um jogador deveria chamar o jogador e conversar isoladamente, ao invés de dar a bronca diante da imprensa. Será que os gols que Lenny marcou no início do Paulistão 2009 incomodaram o ex-estrategista?
A cada dia que passa, nota-se que a personalidade de Luxemburgo não muda. Ele continua sendo o mesmo indivíduo que proporcionou as saídas de Ronaldo, Marcelinho Carioca e Éverthon do Corinthians e o mesmo que foi processado por Edmundo devido a uma dívida de R$ 400 mil.
Convém lembrar que Luxemburgo foi um dos grandes responsáveis pela perda do título da Copa do Brasil, em 2001 pelo Corinthians.
Na ocasião, houve uma confusão entre técnico e jogadores na madrugada que antecedeu a finalíssima contra o Grêmio. De acordo com o ex-dirigente Antônio Roque Citadini, isto ocorreu porque naquela semana Ricardo Teixeira, presidente da CBF escolheu o técnico da seleção brasileira. Uma certa pessoa que tinha esperança de ser escolhida, mas não foi, ficou irritada e deixou o ambiente ruim.
A última necessidade de uma equipe de futebol é um técnico que não esteja focado apenas no esporte bretão, queira aparecer em demasia, proporcione a saída de ídolos, propicie resultados que não estejam de acordo com o que o profissional mereça receber. No passado de Luxemburgo constam: dívidas não pagas, brigas com ídolos de clubes e falsificação de documentos. Pagar R$ 500 mil mensais por isso é demais para qualquer clube brasileiro.