terça-feira, 28 de abril de 2009

Parabéns Mangueira, semente do samba!

A Mangueira completa hoje, 81 anos de existência.
No site da escola de samba não consta que haverá nenhuma comemoração para este dia. Uma pena, pois a Verde e Rosa é uma das instituições mais importantes da cultura brasileira. A Mangueira é a primeira campeã do carnaval carioca e a escola de maior torcida no Brasil.
A fundação da escola representou um marco nas comemorações carnavalescas do Rio de Janeiro.
Antes da existência da escola, ricos e pobres não se misturavam para festejar o carnaval. A classe média se divertia com o desfile dos carros alegóricos, dividida em torcidas: Tenentes do Diabo, Democrática e Fenianos, as mais importantes da época, todas fundadas entre 1860 e 1870.
A população de baixa renda pulava carnaval nos cordões, a primeira solução encontrada pelos foliões para brincar em grupo. Seus integrantes vestiam fantasias (mascarados, palhaços, diabos, reis, rainhas e outros).
Havia dois tipos de cordões, o de "velhos" (todos dançavam envergados, imitando velhos) e os cucumbis, em que predominava a batucada, ao som de adufos, cuícas e reco-reco.
No dia 28 de abril de 1928, após reunião na Travessa Saião Lobato, 21, Zé Espinguela, “Seu” Euclides, Saturnino Gonçalves, Massu, Cartola, Pedro Caim e Abelardo Bolinha fundaram o Bloco Estação Primeira.
A origem do nome vem da primeira estação de trem a partir da Central do Brasil onde havia samba. As cores verde e rosa surgiram para homenagear um rancho que existia em Laranjeiras, Os Arrepiados.
De 1928 até hoje, as folhas secas da semente do samba deram bons frutos para o samba, como Cartola, Jamelão, Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Bezerra da Silva e Beth Carvalho.
A Verde e Rosa detém 18 títulos do carnaval. Em 1984, ano de inauguração do sambódromo, a escola conquistou o Supercampeonato.
O torneio daquele ano recebeu este nome porque houve dois campeões. A Mangueira foi a campeã da segunda-feira, enquanto a Portela foi campeã do domingo. Porém, a Estação Primeira obteve mais pontos do que a concorrente na soma dos pontos.
Em sua história, a agremiação levou sambas antológicos à avenida, como: “O mundo encantado de Monteiro Lobato”, 1967; “Lendas do Abaeté”, 1973; “Caimmy mostra ao mundo o que a Bahia e a Mangueira tem”, 1986 e “Cem anos de liberdade, realidade ou ilusão”, 1988.

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