Do mestre “La brujita”, um baile de gala, com a orquestra que calou o Mineirão

Antes da final da Libertadores, quarta-feira (15), a torcida do Cruzeiro aquecia seus tamborins pensando que a noite ia acabar em samba e muita comemoração.

A equipe mineira saiu na frente com um chute de Henrique aos 9 do segundo tempo. O Mineirão parecia um mar azul e branco balançando com intensa alegria. Porém, os cruzeirenses não sabiam que o maestro Verón regeria a sinfonia argentina com tamanha perfeição. Já aos 12 minutos, o craque deu um belo passe para Cellay, que cruzou para Gastón Fernandez empatar a partida.

A partir daí “La brujita”, como é conhecido o craque Verón comandou a festa. Era ele quem ditava o ritmo da partida e o ritmo do seu time, como um meio campista clássico da década de 70, destes em extinção no futebol.

Aos 27 minutos, o maestro cobrou escanteio na cabeça de Boseli, que virou a partida e silenciou a platéia. Desse minuto em diante, o tango tomou conta do estádio, observando o espetáculo do Maestro e dos dez tenores.

No fim do show, desilusão mineira. No palco de belo Horizonte só restaram cinzas da festa azul e branca. Coube ao técnico Adílson Batista elogiar a bela equipe do Estudiantes, com destaque para o mestre Verón, que ergueu a taça após comandar o baile no Mineirão.