segunda-feira, 9 de março de 2009

Pedofilia, um crime assustador

Uma rede de pedofilia vem assombrando a cidade de Catanduva, a 379 km de São Paulo. A abordagem das crianças ocorre nos pontos de ônibus e nas calçadas em que elas brincam. Em seguida as mesmas são transportadas em uma caminhonete e são levadas para uma mansão no Jardim do Bosque, bairro nobre da cidade. Depois dos abusos, a rede pedófila publica as fotos dos menores na Internet.
A polícia investiga o caso e já ouviu sete acusados: um borracheiro de 47 anos, um médico, um empresário e quatro adolescentes, dos quais dois são maiores de idade.
Na última quarta-feira (4) o senador do PL Magno Malta (PL) apresentou um requerimento à CPI da Pedofilia convidando oito pessoas para depor. Entre eles estarão: o diretor da escola onde as crianças estudam, uma integrante da pastoral da cidade e o pai de uma das vítimas.
A comissão exigiu a quebra do sigilo telefônico dos suspeitos, de 14 pais e mães de famílias das vítimas. Os integrantes da CPI vão retornar à Catanduva no dia 16 e permanecem na cidade até o dia 18 de março.
Foram registrados ao todo 24 casos de crianças com idade entre cinco e dez anos que sofreram abuso. Dez crianças reconheceram quatro agressores, entre os oito que foram acusados, que prestaram depoimento na Delegacia de Investigações Geral de Catanduva (DIG), mas negaram qualquer envolvimento com as crianças.
Dia 26 de fevereiro a juíza da Infância e Juventude de Catanduva, Sueli Juarez Alonso, decretou a prisão do borracheiro e dos quatro jovens acusados. A pena para quem registrar cenas de sexo envolvendo crianças é de quatro a oito anos de prisão.
Apesar disso, um dos jovens já foi solto e os outros três vão permanecer na prisão por apenas 30 dias. Somente o borracheiro de 47 anos está preso no Centro de Detenção Provisória São José do Rio Preto. A liberação de um dos acusados provocou a internação em uma das crianças violentadas. Agora a vítima teme sofrer um novo abuso.
Uma menina de oito anos reconheceu nesta quinta-feira (5) a mansão e um outro imóvel na mesma rua em que foi molestada, o que ajudará bastante na conclusão do caso.
Agora temos uma vítima que reconheceu o local dos fatos, agilidade nas investigações, quebras de sigilos telefônicos e suspeitos que foram reconhecidos. Resta apenas uma apuração com mais crianças que reconhecem a mansão e um trabalho psicológico com as vítimas para ter certeza de que elas foram sexualmente molestadas.
O senador Malta afirmou que nenhum destes criminosos vai escapar. A sociedade e as famílias das vítimas esperam que a CPI da Pedofilia aja com o devido rigor.
Seria inaceitável e imoral assistirmos somente à prisão do borracheiro, enquanto o médico, o empresário e os adolescentes sejam absolvidos.

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